MAIOR QUALIDADE NA GASOLINA

Um equipamento capaz de verificar a qualidade da gasolina de forma instantânea e com alto grau de precisão, ainda na etapa de produção do combustível.
Denominado por Espectroscopia no Infravermelho Próximo (NIR), o produto apresenta muitas vantagens, ele pode ser utilizado tanto em processo quanto em laboratório
Linha de produção

ANAL
De acordo com responsável pelo desenvolvimento do equipamento, o método convencional para análise da qualidade da gasolina e de outros derivados de petróleo consiste em coletar uma amostra e levá-la ao laboratório para análise, o que demanda algumas horas.
A alternativa a essa prática é instalar um analisador na linha de produção.
Ocorre, porém, que os equipamentos disponíveis no mercado funcionam de forma fixa na área de produção. Para calibrá-los, é necessário usar amostras de gasolina cujas propriedades já são conhecidas, que servem como padrão das análises.
A tecnologia que foi desenvolvida pode ser usada tanto na linha de processo quanto em laboratório. Ou seja, um módulo do equipamento pode ser levado ao laboratório para que seja feita a calibração. Encerrada a tarefa, basta acoplá-lo novamente ao processo.
Análise óptica
Além disso, o analisador desenvolvido na Unicamp também foi dotado de um dispositivo óptico configurado para prever propriedades específicas de hidrocarbonetos, principalmente a gasolina.
“Enquanto o nosso equipamento foi customizado, os demais servem, por assim dizer, para analisar qualquer coisa. Nosso analisador foi desenvolvido para apresentar alto desempenho para análise de combustíveis”, afirma o pesquisador.
O pesquisador também destaca que a maioria das peças e dispositivos empregados na montagem do analisador foi comprada no Brasil. Poucos elementos tiveram de ser importados.
Analisador de gasolina
Dito de modo simplificado, o analisador de processo desenvolvido no Brasil serve para fazer o controle de qualidade da gasolina em tempo real.
Dotado de um mecanismo automatizado, ele coleta a amostra, realiza a análise e emite um relatório com os resultados em somente três minutos. A precisão é equivalente à dos métodos convencionais de laboratório.
“Essa agilidade é importante porque, se houver algum problema em um ou mais parâmetros do combustível, o analisador envia a informação para o sistema de controle, que faz os ajustes necessários, sem a intervenção do operador. Se a amostra tivesse que ser encaminhada ao laboratório para testes, o problema levaria algumas horas para ser identificado. Nesse período, a gasolina poderia continuar sendo produzida sem a qualidade desejável”, explica o químico.
Segundo o pesquisador, ao emitir radiação sobre a amostra de gasolina, o analisador obtém um espectro de absorção na região do infravermelho próximo. Verificadas as intensidades de absorção nos comprimentos de onda, modelos matemáticos desenvolvidos especialmente para esse fim preveem parâmetros como octanagem, concentração de benzeno e pressão de vapor, entre outras propriedades químicas e físico-químicas do combustível.

Fonte: Inovação tecnológica
Adilson Silva
Técnico de mecânica de precisão

 

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